Dentro da Doutrina
Espírita, como se explicam as mortes, assim aos milhares, em guerras,
enchentes, em toda espécie de catástrofe?
- São essas provações, que
coletivamente adquirimos do ponto de vista de débitos cármicos. As vezes
empreendemos determinados movimentos destrutivos, em desfavor da
comunidade ou do indivíduo, às vezes operamos em grupo, às vezes, em
vastíssimos grupos e, no tempo devido, os princípios cármicos amadurecem, e nós
resgatamos as nossas dívidas, reunindo-nos uns com os outros, quando estamos
acumpliciados nas mesmas culpas, porque a Lei de Deus é a Lei de Deus, formada
de justiça e de misericórdia.
Livro: "Chico Xavier -
Dos Hippies aos problemas do mundo
Chico, estamos diante de uma onda crescente de
violência em todo o mundo.
A que os espíritos atribuem essa ocorrência?
Gostaria que você se detivesse também no problema
dessa corrida da população às armas, para a defesa pessoal. Como você vê tudo
isso?
- Temos debatido esse problema com diversos
amigos, inclusive com nossos benfeitores espirituais e eles são unânimes em
afirmar que a solidão gera o egocentrismo e esse egocentrismo exagerado reclama
um espírito de autodefesa muito avançado em que as criaturas, às vezes, se
perdem em verdadeiras alucinações.
Então a violência é uma conseqüência do desamor que
temos vivido em nossos tempos, conforto talvez excessivo que a era tecnológica
nos proporciona. A criatura vai se apaixonando por facilidades materiais e se
esquece de que nós precisamos de amor, paciência, compreensão e carinho. A
ausência desses valores espirituais vai criando essa agressividade exagerada no
relacionamento entre as pessoas ou entre muitas das pessoas no nosso tempo.
De modo que precisaríamos mesmo de uma campanha de
evangelização, de retorno ao Cristianismo em sua feição mais simples para que
venhamos a compreender que não podemos pedir assistência espiritual a um trator
de esteira, não podemos pedir socorro a determinados engenhos que hoje nos
servem como recursos de pesquisas em pleno firmamento, nós precisamos desses
valores de uns para com os outros.
Quando nos voltarmos para o sentimento, para o
coração, acreditamos que tanto a violência, como a corrida às armas para defesa
pessoal decrescerão ao ponto mínimo e vamos extinguindo isso, pouco a pouco, à
medida que crescemos em manifestações de amor, reciprocamente.
Entrevista feita em junho de 1980 por Marlene R. S.
Nobre, transcrita no livro de sua autoria "Lições de Sabedoria - Chico
Xavier nos 23 anos da Folha Espírita"
Que mensagem você gostaria de aqui deixar para os iniciadores da
construção do Terceiro Milênio?
- Prezado amigo, se eu dispusesse de autoridade rogaria aos homens que
estão arquitetando a construção do Terceiro Milênio, para colocarem no portal
da Nova Era as inolvidáveis palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo:
"Amai-vos uns aos outros como eu vos
amei".
De uma entrevista dada ao jornal "O
Povo", de Fortaleza, Ceará, em 09.03.1981.
Consta do livro Chico Xavier - O Homem, o Médium e
o Missionário,
escrito por Antônio Matte Noroefé, de Cacequi, Rio
Grande do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário